quarta-feira, 30 de abril de 2008

Paixão platónica por uma personagem fictícia

Bem, este foi o tema de uma crónica que fiz para uma cadeira. Devo confessar que tive medo que a professora me mandasse internar num manicómio quando lesse tal coisa. Mas não. Ela até gostou. É bom saber que a minha loucura até pode ser útil. Aqui fica:

"Olá, o meu nome é Selene e estou apaixonada por uma personagem fictícia". Se existisse uma associação de “delirantes anónimos” (serei a única a notar a contradição entre a palavra "anónimos" e a necessidade de apresentação? Adiante...) seria desta forma que me apresentaria. Sim, é verdade, apaixonei-me por alguém que não existe a não ser na minha imaginação. Vocês, meus caros leitores, são livre de duvidar da minha sanidade mental. Eu própria faço isso constantemente. Porque sou a primeira a admitir. Ninguém em sã consciência revela este lado obscuro da sua personalidade. O problema é mesmo esse. Não tento sequer esconder. Revelo a quem quiser ouvir-me (e mesmo a quem não quer) os delírios com ele; falo até à exaustão (dos outros, claro, que eu cá nunca me canso) desse meu amor platónico; enalteço constantemente o quão perfeito ele é… enfim, os sintomas típicos da paixão.

Agora, surge o ponto fulcral deste discurso, a identidade da personagem que faz palpitar o meu coração. Pois bem, vou revelá-la antes que a (pouca) dignidade que me resta seja arruinada. Mal de mim se o objecto da minha afeição for confundido com uma personagem dos “Morangos com açúcar” ou algo do género. Não… Edward Cullen é muito mais do que uma personagem dos “morangos”. Edward Cullen é o herói masculino de uma série de livros criados por Stephenie Meyer. É também o nome da personagem que me faz sonhar.


São muitas as moças que vêm ter comigo à procura de alguém com quem possam desafogar as mágoas. Queixam-se de como sentem a falta de um namorado, dos mimos, de andar de mão dada na rua… A essas eu respondo: “para que preciso eu de um namorado, quando tenho o Edward Cullen?”. Elas olham-me de lado sem perceber. Mas é mesmo essa a questão. Mesmo sendo fruto da imaginação de alguém, que importa isso se a pessoa é feliz? Se, de uma maneira estranhamente distorcida, encontra ali a sua âncora de lucidez? Não vejo qualquer problema nisso, mesmo sendo suspeita para falar. No fim de contas acaba por ser uma paixão como outra qualquer.


Certamente que já tenho idade para ter juízo, e estas “patetices” já não são vistas com bons olhos. Mas, hey, uma rapariga pode sonhar! E há algo melhor do que o mundo dos sonhos, o mundo perfeito que criamos e moldamos à nossa vontade?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Live forever



Porque às vezes a vida é bela, porque adoro esta música, porque sim.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Encruzilhada...

Na estrada da vida...


... não sei mais que destino escolher.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Conversas esquizófrenicas

A seguinte conversa passou-se hoje numa aula qualquer. Para manter o anonimato dos intervenientes, eu serei a T. e a outra pessoa a M.


"Cara T.:

Venho por este meio declarar que estou sedenta de café... E a prof está mesmo à minha frente, logo quando pergunta olha para mim e eu sinto-me intimidada! Daqui a bocado borro-me toda!"


"Cara M.:

De facto, compreendo a sua dor. Estou igualmente prestes a desfalecer aqui mesmo. E desconfio que a tutora diante de nós suspeita que não estou com a devida atenção à aula. Creio que em breve irá requisitar o meu bloco de notas para ler o seu conteúdo. Temo tal momento.

Atenciosamente,
T.A.

P.S. - Não defeque aqui que o cheiro incomoda."


"Cara T.:

Foi com a gargalhada interior que li a sua nota (não poderia deixar-me rir assim à frente desta ilustre pessoa).
Se a tutora lhe retirar o bloco poderá utilizar a célebre frase (agora adaptada para si): «dá-me o bloco de notas já!»
Se não estivessemos tão à frente, convidava-a para um gostoso e quente café na máquina à porta do bar...

Com os melhores cumprimentos,
M. de A.

P.S. - Vou tentar não deixar sair flatulências"


"Cara M.:

Fico lisongeada que a minha modesta nota tenha despertado tão presenteira reacção em si. Infelizmente quer-me parecer que tal frase não poderia ser proferida nesta situação. Atente no meu raciocínio: Antes de mais, a minha educação não me permite tratar com tal intimidade um superior. Seguidamente repare no meu perfil. Depois repare no perfil da senhora sentada à nossa frente... Acho que está tudo dito. Finalmente, não creio que algum dos nossos colegas se prontificasse para registar o momento e proferir as tão maravilhosas palavras «olha, a belha baie caire!». Além de que a nossa ilustre tutora é tudo menos velha. Portanto, não. Não estão reunidas as condições necessárias para tal acontecimento se dar. Apesar de ter a certeza que seria, sem dúvida, memorável.
O café terá que esperar cerca de 15 minutos, com muita pena minha.

Espero que esta nota a encontre de boa saúde.

Com os melhores cumprimentos,

T.A.

P.S. - Você agora é A? Casou-se? Nome fino. Tem bom gosto."


"Cara T.A.:

A., aliás de A. (com o de é mais fashion) provém da nobre família da minha mãe, mais propriamente do meu requintadíssimo e rabugento avô! Por ser um nome tão admiravelmente fino, resolvi assinar o meu ultimo bilhete com ele.
Quanto à possível disputa do seu bloco de notas, creio que teria todo o gosto em reportá-la e vendê-la à TVI.
Em seguida, olhando para si e para a tutora creio que você dava-lhe um empurrãozinho e puff... xauzinho.
Já passaram 15 minutos e continuo sedenta de café. Creio que mais 10 minutos e virarei uma múmia sem ligaduras para me taparem a fronha feia! Não compreendo, a tutora fala de preservação da espécie e mata-nos de tédio e de falta de café! Como é que é possível?
Espero que ainda não tenha desfalecido.

Sem mais assunto,
Atenciosamente,
M. de A."


"Cara M.:

A entidade materna já me tentou contactar diversas vezes durante a última hora. Começo a ficar ralada. Voltarei a contactar vossas excelência quando o estado de panicanço se dissipar.

Fique com o Rei,
T. de A.

P.S. - Também possuo um nome chique. Tenho dito."



Sem dúvida uma aula muito proveitosa. Avé loucura constante. Que nos acompanhe sempre!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Tempo...

"O tempo passa. Mesmo quando tal parece ser impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói como o palpitar do sangue sob a ferida. Passa de forma irregular, em estranhos avanços e pausas que se arrastam. Mas, lá passar, passa. Até para mim..."
Stephenie Meyer, New moon


domingo, 6 de abril de 2008

Dá-me o telemóvel já!

Rui Unas fez um remix hilariante do já famoso "caso do telemóvel". Aqui fica:



Depois dos toques de telemóvel e do remix, o que se segue? Um convite para participar nos "Morangos com Açucar"?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vazio...


Pergunto-me o que vai ser de mim agora que acabei o terceiro livro e tenho que esperar pelo próximo (Agosto!!! Sei lá se entretanto não sou atropelada por um camião do lixo). Os delírios com Edward Cullen, o desejo de ser Bella Swan, as palpitações com as reviravoltas da história, as noitadas a ler, as olheiras e cara de zombie da falta de sono (pronto, ok... não uso o livro como desculpa para a cara de zombie)... Tudo isso vai ter que ficar em stand by. Pelo menos uma alma caridosa ofereceu-me algo com que me entreter nos próximos tempos:


Tenho amigos fantásticos, pá! Obrigada ;)